domingo, 24 de junho de 2012

EE Pe. César em JOANESBURGO

Upeninos acompanham alunos da Escola Pe. César Albisetti em visita ao Centro Técnico Juvenil de Jarudore e à Associação dos Artesãos Dom Bosco de Jarudore, ambos localizados no povoado de Joanesburgo. A representação upenina coube aos Notáveis João de Sousa, Gaudêncio Amorim e Izaias Resplandes.

Para chegar a Joanesburgo, os visitantes atravessaram o Rio Vermelho, tendo ao fundo a bela vista do Morro do Coêlho. O primeiro ponto de parada foi na Associação dos Artesãos de Dom Bosco, associada ao Liceu Pedagógico São Francisco de Assis.

16 de junho de 2012. Sábado de manhã. Depois de uma parada no povoado de Jarudore, a sede do Distrito, mais precisamente na EE Franklin Cassiano, os alunos do segundo ano da EE PE. César Albisetti chegaram em Joanesburgo, a segunda maior comunidade de Jarudore.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A questão indígena, a ocupação de Jarudore e a denúncia da cacique bororo

Texto: Dr. João Batista de Araújo Barbosa (Batistão)
Fotos: Izaias Resplandes

     “Nos últimos dias recrudesceram as denúncias da cacique bororo Maria Aparecida Toro Ekureudo, e passaram a ser destaque na mídia mato-grossense. 

No início do mês de fevereiro recebeu destaque em duas reportagens do jornal Diário de Cuiabá. 



Agora, além da mídia regional, o assunto foi destaque em O Globo. 

Preocupada com o problema, a Assembléia Legislativa de Mato Grosso realizou, no dia 10 de novembro de 2007, uma audiência pública na Escola Estadual Franklin Cassiano, no Distrito de Jarudore, para discutir a questão indígena, a colonização e ocupação desse importante distrito de Poxoréo. 

Essa discussão, o BlogPox vem acompanhando desde o mês de junho passado, em uma tentativa de alertar nossas autoridades constituídas para o enfrentamento e busca de solução para o grave problema, que se arrasta há mais de quarenta anos. 


A área Indígena de Jarudore foi criada por decreto-lei estadual em 1945, com título definitivo expedido em 1951 pelo então Departamento de Terras e Colonização de Cuiabá, além de estar registrada no Cartório de Poxoréo e no Cartório de Patrimônio da União, com 4.706 hectares, na margem direita do rio Vermelho, a 50 quilômetros da sede do município de Poxoréo, que deveria funcionar como ponto de apoio aos bororos das aldeias de Sangradouro/Volta Grande e Merure, quando de suas viagens – geralmente através da navegação - para as aldeias de Teresa Cristina e Perigara, ambas no Pantanal, e vice-versa. 
A distância entre as aldeias do cerrado e as aldeias do Pantanal exigia um ponto intermediário para descanso dos índios navegadores. 
Foi com esse propósito, e atendendo à sugestão do sertanista marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, que o governo de Mato Grosso homologou e regularizou a área de Jarudore em 1945. 
Porém, por se tratar de território não habitado-permanentemente pelos bororos, a região foi mansa e pacificamente ocupada por pequenos fazendeiros, sitiantes e trabalhadores sem-terra, a partir da metade da década de 40. 
Posteriormente o Estado referendou a ocupação, com a criação do patrimônio de Jarudore, em 1951 e com a implantação do Distrito de Paz de Jarudore, em 1958. Atualmente, podemos afirmar que Jarudore é uma ocupação mansa e pacífica de terras abandonadas pelos bororos. 
‘Jarudore é uma terra de índios, sem índios’, registra Gaudêncio Filho Rosa de Amorim, em seu livro ‘Linhas Históricas de Poxoréo: Um olhar sobre o nascimento dos Distritos numa contribuição às escolas e à sociedade’ (Editora Defanti, 2001). 
O distrito de Jarudore possui Cartório de Registro Civil, postos de saúde e telefônico, escolas estadual e municipal, destacamento da Polícia Militar, energia elétrica e água encanada. 
A área é cortada por rodovia estadual e servida com transporte regular de ônibus. 
Uma organização não-governamental mantém um centro de formação profissional juvenil, com apoio de italianos e salesianos. 
O distrito tem cerca de dois mil moradores na zona urbana e chegou a pleitear a sua emancipação política de Poxoréo no final dos anos 90, para a criação do município de Jarudore. 
Declarando-se cacique da etnia Bororo, Maria Aparecida Toro Ekureudo alega representar cerca de 30 famílias, que, após mais de quatro décadas, retornaram à região de Jarudore e ali estão acampadas. 
Procuram alimentar um conflito inexistente. 
A Polícia Federal esteve na aldeia improvisada, juntamente com a Funai, várias vezes e não encontraram situação de conflito na região. 
‘Já mandei policiais em quatro ocasiões diferentes para verificar se tinha um conflito iminente entre brancos e índios e, todas as vezes em que os policiais estiveram lá, me passaram informações de que a situação estava tranqüila’, informa o delegado Cristian Lajes. 
A cacique insiste que os índios são ameaçados pelos fazendeiros, mas não indica quem está ameaçando.
Na verdade, alardeia um conflito violento que não existe. 
Provoca os moradores da região em busca de um conflito para sensibilizar a opinião pública quanto à preservação da sua etnia e conquistar a posse do local abandonado pelos bororos há mais de 40 anos. 
Urge a necessária intervenção estatal para evitar a violência e negociar uma solução que possa atender os interesses dos moradores brancos, pardos, mulatos e índios da região do distrito de Jarudore.” 


JOÃO BATISTA BARBOSA, advogado, Cuiabá/MT. E-mail: poxoreo@uol.com.br
O artigo acima foi publicado no Diário de Cuiabá, ed. n. 12046, de 23/02/2008. O autor é sócio-correspondente da UPE - União Poxorense de Escritores, residindo em Cuiabá - MT.

Upeninos e Jarudore



 Dia 16 de junho de 2012, a Escola Pe. César Albisetti fez uma visita aos Distritos de Poxoréu. A UPE se fez presente nessa Aula de Campo, representada pelos upeninos João de Sousa, Gaudêncio Filho Rosa de Amorim e Izaias Resplandes de Sousa.





sexta-feira, 15 de junho de 2012

MINHA DOR.



Falaram-me que eu não podia chorar
Porque não vivi o suficiente!
Que mania os mais velhos tem de achar
Que sofrem mais que a gente.

Cada um sabe da sua dor
E porque tem uma cruz!
Uns sofrem por amor
Outros por não terem luz!

Alguns sofrem pela doença
Outros pela doída traição
Uns sofrem de nascença
Outros por pura opção!

Eu também sou sofredor
Sofro por ser tão estranho,
É uma dor que não causa dor
É a dor de ser humano.

Wallace Rodolfo.

domingo, 3 de junho de 2012

Dia da Ecologia


Programa Momento de Arte e Cultura
03 de junho de 2012.

O programa upenino “Momento de Arte e Cultura” realizado pela UPE – União Poxorense de Escritores neste domingo, 03 de junho de 2012, pela Rádio Sul Matogrossense foi apresentado pelo Poeta do “Morro do Piolho”, o Notável Luís Carlos Ferreira. A temática principal foi o Dia da Ecologia, comemorado no dia 5 de junho.
Segundo Ferreira, o termo ecologia foi criado por Reider, em 1865. E a data de 5 de junho deve ser um momento

Em 2009 - por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente - foi divulgado um decálogo sobre Ética e Meio Ambiente. Este decálogo é interpretativo dos ensinamentos contidos no  Compêndio da Doutrina Social da Igreja, disponível em: http://storico.radiovaticana.org/por/storico/2005-11/55127.html e que diz assim:

1) A Bíblia tem de ditar os princípios morais fundamentais do desígnio de Deus sobre a relação entre homem e criação.
2) É necessário desenvolver uma consciência ecológica de responsabilidade pela criação e pela humanidade.
3) A questão do meio ambiente envolve todo o planeta, pois é um bem colectivo.
4) É necessário confirmar a primazia da ética e dos direitos do homem sobre a técnica.
5) A natureza não deve ser considerada uma realidade em si mesma divina, portanto, não fica subtraída à acção humana.
6) Os bens da terra foram criados por Deus para o bem de todos. É necessário sublinhar o destino universal dos bens.
7) Requer-se colaborar no desenvolvimento ordenado das regiões mais pobres.
8) A colaboração internacional, o direito ao desenvolvimento, ao meio ambiente sadio e à paz devem ser considerados nas diferentes legislações.
9) É necessário adoptar novos estilos de vida, mais sóbrios.
10) Deve-se oferecer uma resposta espiritual, que não é a da adoração da natureza.

Na parte musical, a homenagem foi para o cantor e compositor Noel Rosa. O Portal Luiz Nassif em http://blogln.ning.com/profiles/blogs/polemica-noel-rosa-wilson, traz uma síntese de Luiz Américo Lisboa Junior, postada por Ezalmone Moreira dos Santos, datada de 14/06/2009 sobre a “Polêmica Noel Rosa – Wilson Baptista” travada no campo musical, onde um procurava atingir de alguma forma o outro através da música, quando foram produzidas excelentes páginas musicais.
De acordo com a publicação, “Sílvio Caldas gravou um samba intitulado Lenço no pescoço de Wilson Batista”. Noel não gostou, por entender que a música fazia uma apologia à malandragem e compôs “Rapaz folgado”, gravado por Aracy de Almeida. No replique, Wilson produziu “Mocinho da Vila”, criticando a Vila Isabel, onde nasceu Noel, que escreveu “Feitiço da Vila” em resposta, destacando a grandeza e a beleza do bairro. No troca-troca de farpas e defesas Wilson escreveu “Conversa fiada” e Noel “Palpite infeliz”. Wilson rebateu com “Frankstein da Vila” (destacando o defeito físico de Noel, que tinha o maxilar inferior atrofiado) e ainda “Terra de Cego” e Noel, para fazer as pazes escreveu “Deixa de ser convencido”. Essas músicas foram todas gravadas pela Odeon em um disco no ano de 1956, com grande sucesso.
Luís Carlos contou essas histórias e tocou algumas dessas melodias.
Foi um bom programa de domingo.
Texto e Fotos: Izaias Resplandes.  
P.S. As fotos foram tiradas na Chácara do Poeta Luís Carlos, localizada no Morro do Piolho, em Poxoréu, MT.